Depois do bloqueio a contas bancárias, através do Bacenjud, e de transferências de veículos, através do Renajud, os magistrados do Espírito Santo já podem quebrar sigilo fiscal e bloquear on-line os bens de devedores com processos de qualquer natureza em tramitação no Judiciário capixaba. Começou na tarde desta segunda-feira (27) a funcionar o sistema Infojud, através de um convênio do Tribunal de Justiça com a Receita Federal.

A implantação do sistema foi o resultado de quase um mês de trabalho intenso do assessor especial da Presidência, o juiz de Direito Augusto Passamani Bufulin, e do secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, João Paulo Siqueira do Nascimento.
“É o cerco total a todos os devedores. Com isso, vamos implantando a justiça total, obrigando o poder público a pagar aos seus credores, através da Central de Conciliação de Precatórios, mas também obrigando os credores a saldarem seus compromissos com o erário”, disse o juiz Bufulin.
O juiz Luciano Bragato foi o primeiro a testar o sistema e ficou entusiasmado: “Isso elimina pelo menos seis meses de prazo burocrático nos processos, que era o tempo que levava entre a citação da Receita e a informação de bens disponíveis de devedores executados”. O mesmo pensa o juiz da 1ª Vara das Execuções Fiscais de Vitória, José Luiz Costa Altafin: “Se antes os devedores já se preocupavam, com o bloqueio de contas e de automóveis, agora não têm mais para onde escapar, porque vamos bloquear também outros bens”.
De acordo com o juiz Augusto Bufulin, dentro de, no máximo, 30 dias, todos os magistrados do Estado terão suas senhas e estarão treinados para acessarem na Receita Federal os dados de contribuintes que precisarem ter sigilo fiscal quebrado para localização de bens a penhorar em ações de cobrança judicial.

Retirado em 28/02/2012 de TJ/ES